Existe um equilíbrio frágil entre as nossas necessidades e o nosso orgulho, sendo o fiel da balança facilmente corrompido por impulsos momentâneos, num ou noutro sentido.
Por norma o orgulho, sendo em menor número que as necessidades, tem maior peso e por isso… não pedimos.
Como não pedimos, há sempre a possibilidade de não nos darem.
Às vezes, por não perceberem o que queremos. Ou porque está na posse de alguém muito estúpido ou porque deveria vir de alguém muito distraído. (Se por acaso, estou em falta com alguém neste aspecto, peço que me incluam no lote dos distraídos)
Claro que existe uma terceira hipótese: pura e simplesmente não nos querem dar. Mesmo quando merecemos.
Nos primeiros dois casos, há solução. Em relação ao muito estúpido, lá teremos de ser um pouco (ou muito) mais óbvios para que percebam. Em relação ao distraído, sabemos que há sempre um momento de atenção.
Mas quando pedimos aquilo que queremos… se isso nos é dado a seguir, acaba por persistir a dúvida sobre a razão da dádiva e perde-se o prazer da surpresa.
Nunca peças o que te deveria ser oferecido.
Pode demorar mas vir-te-á parar às mãos.
Se não vier… talvez não fosse exactamente aquilo que precisavas.
“...the way I see it, you can either run from it, or learn from it."
~Rafikki to Simba in Disney's The Lion King
“...the way I see it, you can either run from it, or learn from it."
~Rafikki to Simba in Disney's The Lion King
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