sábado, 19 de fevereiro de 2011

Black Swan

Normalmente quando vou ao cinema (e vou muitas vezes), logo que o filme termina toda a gente se apressa a correr para a saída como se temessem que o último a sair tivesse que limpar os restos de pipocas que ficam espalhados pelo chão.
Ontem aconteceu precisamente o contrário.
Última sessão, sala cheia, termina o filme e ninguém se levanta da cadeira. Um, dois minutos de genérico final e todos sentados.
Posta desde logo de parte a hipótese de todos terem adormecido (até porque não era filme para isso), fica a explicação: Black Swan é um murro no estômago.
Um filme cru, esteticamente feio, tragicamente belo, com Natalie Portman contida (num papel em que facilmente se entraria em overacting) e magnífica, e Vincent Cassel desconfortável como só ele consegue ser.
Em cada um de nós vive um cisne branco e um cisne negro.
E há formas piores de o descobrir do que vendo um dos melhores filmes do ano.

2 comentários:

  1. Não podias descrever melhor!
    Qual prevalece? O que nós mais alimentarmos...
    Excelente filme.
    Continua o bom trabalho.
    Bom blog!

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  2. É um filme brutal!
    E adoro o blog!
    Triste e divertido. Cisne branco e cisne negro.

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