Conheci o asnovenomeublogue há pouco tempo. Foi-me apresentado pela minha (ex) namorada (Não consigo deixar de escrever ex entre parentesis. Ainda não me habituei à ausência dela, apesar de termos estado juntos pouco mais de dois meses).
O meu primeiro interesse no blogue foi por causa dela. Se ela gostava tanto..
Comecei por espreitar. Passei a visitá-lo diariamente e agora passo por lá várias vezes por dia.
É engraçado como, por vezes, abrimos um livro ou um blogue e encontramos algo que, naquele momento, parece escrito para nós.
Isto estava lá, na terça-feira:
“Claro que quando amamos alguém queremos que o bater do coração descompassado, as borboletas na barriga, o olhar brilhante, o "nada mais importa", perdure, e dure por muitos e bons anos. Claro que quando amamos alguém queremos que aquela pessoa faça parte da nossa vida o tempo todo. Queremos que a felicidade seja eterna. Queremos que a partilha não tenha fim, que a cumplicidade não se esgote e que os silêncios continuem a ser uma zona de conforto. Queremos isso tudo. Queremos o amor para sempre. Claro que sim, e eu não sou excepção. Mas prender? Não deixar/querer que ele/ela faça isto ou aquilo? Mas quem sou eu? Quem somos nós para limitar/condicionar/amarrar/restringir/mandar/obrigar as pessoas de quem mais gostamos? Que erro tão crasso. Que falta de respeito e confiança. Em nós, e na outra pessoa.
Por isto tudo e tanto mais, é que a letra desta música me faz todo o sentido: 'If you love somebody, set them free...". That's all.”
Lembro-me de, há uns anos, uma revista de música (já não recordo qual) ter realizado uma votação junto dos leitores para escolher a melhor música de sempre. A vencedora foi “Every breath you take” dos Police.
Quando comunicaram o facto ao Sting e lhe perguntaram o que pensava, este manifestou-se triste e disse que “Every breath...” era uma música neurótica e possessiva e ficaria muito mais satisfeito se a escolhida fosse “If you love somebody (set them free)”.
Passei as últimas duas semanas a lutar contra o “Every breath...”. Numa luta justa, não sei qual de nós iria ganhar.
Num golpe baixo, apliquei um “If you love somebody (set them free)” e há três dias terminei (espero que não) tudo.
Limitar/condicionar/amarrar/restringir/mandar/obrigar não faz qualquer sentido, nem faz parte de mim.
Gostar tanto de alguém que alterasse as minhas prioridades também não fazia mas... se as prioridades mudam, tudo pode mudar.
Há pessoas que precisam de alguém para as ajudar a respirar. Outras precisam de espaço.
Eu preciso de respirar o mesmo ar que ela.
Não tem de ser sempre. Basta que seja para sempre.
Torná-la o centro do mundo asfixiava-a. No centro do mundo, talvez haja menos ar para respirar.
Não podemos asfixiar quem mais gostamos. Devemos deixar ir.
Mesmo que isso nos asfixie a nós.
O meu primeiro interesse no blogue foi por causa dela. Se ela gostava tanto..
Comecei por espreitar. Passei a visitá-lo diariamente e agora passo por lá várias vezes por dia.
É engraçado como, por vezes, abrimos um livro ou um blogue e encontramos algo que, naquele momento, parece escrito para nós.
Isto estava lá, na terça-feira:
“Claro que quando amamos alguém queremos que o bater do coração descompassado, as borboletas na barriga, o olhar brilhante, o "nada mais importa", perdure, e dure por muitos e bons anos. Claro que quando amamos alguém queremos que aquela pessoa faça parte da nossa vida o tempo todo. Queremos que a felicidade seja eterna. Queremos que a partilha não tenha fim, que a cumplicidade não se esgote e que os silêncios continuem a ser uma zona de conforto. Queremos isso tudo. Queremos o amor para sempre. Claro que sim, e eu não sou excepção. Mas prender? Não deixar/querer que ele/ela faça isto ou aquilo? Mas quem sou eu? Quem somos nós para limitar/condicionar/amarrar/restringir/mandar/obrigar as pessoas de quem mais gostamos? Que erro tão crasso. Que falta de respeito e confiança. Em nós, e na outra pessoa.
Por isto tudo e tanto mais, é que a letra desta música me faz todo o sentido: 'If you love somebody, set them free...". That's all.”
Lembro-me de, há uns anos, uma revista de música (já não recordo qual) ter realizado uma votação junto dos leitores para escolher a melhor música de sempre. A vencedora foi “Every breath you take” dos Police.
Quando comunicaram o facto ao Sting e lhe perguntaram o que pensava, este manifestou-se triste e disse que “Every breath...” era uma música neurótica e possessiva e ficaria muito mais satisfeito se a escolhida fosse “If you love somebody (set them free)”.
Passei as últimas duas semanas a lutar contra o “Every breath...”. Numa luta justa, não sei qual de nós iria ganhar.
Num golpe baixo, apliquei um “If you love somebody (set them free)” e há três dias terminei (espero que não) tudo.
Limitar/condicionar/amarrar/restringir/mandar/obrigar não faz qualquer sentido, nem faz parte de mim.
Gostar tanto de alguém que alterasse as minhas prioridades também não fazia mas... se as prioridades mudam, tudo pode mudar.
Há pessoas que precisam de alguém para as ajudar a respirar. Outras precisam de espaço.
Eu preciso de respirar o mesmo ar que ela.
Não tem de ser sempre. Basta que seja para sempre.
Torná-la o centro do mundo asfixiava-a. No centro do mundo, talvez haja menos ar para respirar.
Não podemos asfixiar quem mais gostamos. Devemos deixar ir.
Mesmo que isso nos asfixie a nós.
Que pena...
ResponderEliminarMas sabes que o mundo tem coisas maravilhosas que apaixonam e não pedem nada em troca... isso é genial! Eu apaixone-me pela vida... digo isto logo de ter sido a primeira depresiva a dizer presente no consultorio da minha psicologa... mas já não estou tão frágil. A vida apaixonou-me.... Paradoxo?
Sou casada... sorte a minha! mas, estou apaixonada pela vida, e olha que isso dá muito trabalho, apaixonar-se pelo ar, pelos seres, pela agua, pelos mistéros do universo, pela inteligência das pessoas, dos individuos em geral, pelas artes, pelo planeta... uf! uma eterna apaixonada.. jajaj....
COM ISTO QUERO DIZER, PORQUE UMA SÓ? PORQUE REFUGIAMOS A DOR NUMA PESSOA? EU ACHO QUE ESSA "DOR DE AUSÊNCIA" QUE SENTES DEVE-SE AO FACTO DE VERES A TUA VIDA VACIA SEM SENTIDO, E ELA PRENCHIA OS TEUS TEMPOS MORTOS....
Somos egoístas.... é um facto natural quando o consumismo nos invade... e o consumismo está instalado. Nos bendem um amor.. mas o amor são instantes, as pessoas são momentos mágicos que passam na nossa vida para alimentâ-la, alguns ficam outros não.. e depois? para que querer todo para nós... somos tão pequenos, só temos duas maos, dois olhos e um coração. Só um coração amigo. E SÓ UMA VIDA, vive os teus dias feliz, pois tu e só tu eres o dono da tua felicidade, ninguem a levou! Tu ausentas-te-a.
confesso que não te sabia tão "sensível e bom"... ou pelo menos tão de "peito aberto" em toda essa sensibilidade... e mesmo tendo em mente a nossa conversa na qual me deste a conhecer o blog... deixaste-me a pensar...n te conhecia esta faceta, a da transparência.... será?
ResponderEliminarPatrícia
"Não podemos asfixiar quem mais gostamos. Devemos deixar ir.
ResponderEliminarMesmo que isso nos asfixie a nós."
Aprender a fazer isso não é fácil.Não é nada fácil.Mas aprende-se e constroi-se com o tempo....muito tempo.Parece quase uma reunião dos AA´s se é que dá para entender a analogia.