terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mil maneiras de preencher o vazio... #9 Sorrir

Partindo do princípio que a maioria das pessoas com nos cruzamos diariamente não se submeteu a tratamentos de botox mal sucedidos, não deixa de ser estranha a dificuldade que algumas delas revela em sorrir.
Não devendo dinheiro a ninguém (o banco e a parcela que cada um de nós tem da divida do Estado não conta para aqui), interrogo-me às vezes porque é que algumas pessoas são incapazes de acompanhar o “bom-dia” com um sorriso (se é que aquilo que dizem entre dentes é “bom-dia” e não algo semelhante a “drop dead”).
A contorção de lábios e músculos faciais que praticam não é um sorriso, é, quando muito, um esgar. Como a expressão é invariavelmente a mesma com quem quer que se cruzem, não pode ser nada de pessoal. A não ser que sejam eles os investidores secretos (e eu a pensar que eram os chineses e o BCE) que vão aos leilões de divida pública e aí compreende-se…
Dando, desde logo, o desconto em relação àqueles dias em que não temos qualquer razão para o fazer, sorrir não é um acto tão complexo ou trabalhoso que requeira qualquer competência especial.
Não precisa de preparação.
Não carece de treino (aliás, se for excessivamente treinado soa a falso).
Não paga imposto (pelo menos até ao próximo PEC).
E é reversível (exceptuando o caso do Joker, mas esse também não é exactamente o sorriso que desejamos receber).
Ok. Provoca rugas…
Mas viver também. E não me parece que qualquer um de nós o queira deixar de fazer só para não ter rugas.

2 comentários:

  1. É mesmo. Há tempos fui a uma aula de Yoga do riso muito engraçada. Os milagres que sorrir podem fazer na nossa vida!!
    Andreia

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  2. Estou perfeitamente de acordo. Não dói absolutamente nada acompanhar o "bom dia" com um sorriso, infelizmente neste país e particularmente nas grandes cidades muitas vezes é uma sorte se te responderem...

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